Não por acaso

Um filme de mestre, um diretor em sua primeira película, mostra que tem mão de mestre para filmar.
O filme fala dos acasos da vida, mostrando duas histórias paralelas, que até se unem de uma forma magnífica, mais que não se encontram.
Mostra um homem operador de trânsito, que lida com o fluxo do trânsito de São Paulo, os semáforos, que tem uma filha na qual ela não o conhece, e que por um acaso passa a começar a conhecê-lo.
O mesmo acontece com a outra história, um homem que vive a vida que era de seu pai, fazendo mesas de sinuca e jogando também, que tem uma namorada que está a ir morar com ele, e mais uma vez o acaso entra, para mudar o que parece estar normal.
O filme mostra que dois homens parados na vida, movidos a rotina, como um semáforo e um jogo de sinuca, podem mudar, sair dessa sina de estagnação, de acordo com as mudanças em que a vida nos faz, assim como um jogo de sinuca e um semáforo de trânsito, podem mudar a qualquer hora.
Um trabalho de arte magnífico, a forma em que a câmera se meche mostrando o drama e a melancolia, sem precisar forçar, com sutileza, leveza e muita beleza.
Trilha sonora, com músicas muito belas, que se encaixam brilhantemente na trama.
As atuações dos atores surpreendem, mostrando que Rodrigo Santoro é o melhor ator brasileiro no momento, e que Leonardo Medeiros é no cinema brasileiro, um astro, sendo versátil, e dando originalidade aos seus personagens. Todos os atores nos dão interpretações, tocantes e marcantes.
Uma bela fita que você ira se identificar e se emocionar com sua beleza e sutileza.
Mostra como o tempo é importante nas vidas das pessoas, como ele muda tudo, sem que percebamos.
NOTA: 9